Pedaço de terra arada
Mar vil e doce
É esta poesia que maltrato
São sonhos deitados no travesseiro
Mulher nua e o esplendor do seu ventre
É o poema
Que me oferece presentes
Como a vida, que desprezo
São palavras em forma de tempestade
É sol, quente de verão
O sangue fervilhante de dois amantes
É o poema
Flores do meu jardim
Fruto da minha ira
São as serras que amo
O mar que me afoga as mágoas
A espuma dos dias tristes que passam
É o poema
A Mulher que me gerou
O Homem que me ensinou a caminhar
O licor de laranja
Com sabor a saudade
Os cravos de Abril a florir
É o poema
Esta minha vida
que me segue, como uma sombra
É oxigénio, para o meu ego
Fraco e desprezado
À procura de um escrito antigo
O Poema
Este poema, é o último suspiro
Poesia com vida
À beira do abismo
Acreditem… eu morrerei
Os poemas são eternos.
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