quarta-feira, abril 19, 2006

25 de Abril, aqui e agora

Festeja-se Abril.

25 de Abril de 1974 já parece distante e despropositado para alguns, a verdade, verdadinha, é que está mais actual do que nunca. Todos temos a obrigação de comemorar o 25 de Abril, pois, estamos em dívida para quem sofreu na pele e na alma as agruras de um regime opressor, violento e diminuidor da condição humana, comandado por um tal António Oliveira que alguns agora querem reabilitar.

A revolução dos cravos não se esgota na data, existiu um caminho para chegar a Abril de 74, um caminho de sangue, mortes nas prisões, torturas, liberdades perdidas; mas também de cantigas, de gente que resistiu com o corpo e com a voz agarrada a uma viola de cordas soltas.

Soltar Grândola Vila Morena é soltar um grito de liberdade, recordar Zeca é uma esperança para o futuro. E o futuro está ameaçado, o futuro precisa de Abril. Não um novo Abril, basta cumprir este que anunciamos, para formarmos uma sociedade mais justa, mais solidária, mais capaz, mais livre, mais equitativa – mais democrata. Cabe-nos a nós cidadãos deste tempo, independentemente da idade de cada um, fazer cumprir Abril. Abril é um tempo de mudança, é o desabrochar de uma nova etapa, dos campos a florir, do enflorescer das ideias, da primavera de cada um e de todos, porque só cada um e todos poderemos lavrar os nossos sonhos nos campos de Abril. Campos prósperos de liberdade e prosperidade, mas não basta lançar as sementes, essas já bravos homens e mulheres as lançaram em 25 de Abril de 1974, há que cuidar da terra, alimentá-la, mondá-la, exterminar as ervas daninhas (e como elas se multiplicam…), para que os frutos sejam muitos e saudáveis. Bem verdade é que, a terra onde lançaram as sementes não tem sido muito muito cuidada, assim o futuro não sorrirá, novas sementes terão que germinar.

NÓS vamos conseguir! Não vamos MATAR ABRIL!

VIVA ABRIL! VIVA A LIBERDADE CONQUISTADA! VIVA PORTUGAL!

terça-feira, abril 11, 2006

Nota Inicial com Vida

Viva!
Pois!...Mais um blog lançado na blogofera. Não pretendo que seja mais um, mas um local de discussão de temas tão díspares como: politica, religião, poesia, músicas, desportos motorizados, paisagens, fotografia, leis, informática e tudo aquilo que a liberdade de cada um queira abraçar, porque o que se pretende, no fundo, é que se discuta a VIDA.
Da nossa e na dos outros, enquanto comunidade, seres sociais dependentes de cada um e de todos, vivemos num planeta que se definha a cada momento que passa, culpados? NÓS! e os outros..aqueles que governam o mundo, por exemplo, já ouviram falar de um tal Bush?!, bom rapaz esse... lá pensou, pensou (?) e decidiu libertar um País lá no oriente de um terrível ditador, pois é... já conhecem a história: ditador foi deposto, e tanta liberdade e fartura para aquele povo!!! Uma ova! Guerra Civil, meus senhores... sangue de irmãos todos os dias derramados nas cidades do Iraque, inocentes mortos em cada dia que passa. E nós? Nós cá estamos, devagarinho, no nosso cantinho, bebemos uns copos ( o que já é bom), vemos TV, e os gajos, os poderosos decidem por nós! Pois, então os gajos não são os poderosos?! Os donos do mundo?! Eles devem saber como é que se faz... Globalização é coisa feia? Quem disse? Os senhores dizem que não? Ké fixe... Há muita malta nova desempregada?! O quê? Alguns tem cursos superiores e tudo? É pá que chatice... mas não se preocupem que os tipos da gravata de seda italiana resolvem o problemazito... Estão a fechar fábricas? A gasolina está cara? O ordenado não te chega até ao fim do mês? É pá, nã te preocupes, Eles sabem, os ajos pensam muito, princialmente na tua vidinha parva de todos os dias, estão a trabalhar (?) numa formula mágica: nunca mais envelheces e a vida vai ser bué porreira para ti, para nós, para todo o people (de quando em quando temos que escrever uma palavra destas em virtude do choque tecnológico).
Pois é... mas do Alfredo ninguém quis saber, pois não?! Morreu! Morreu de vergonha deste mundo em que vivemos, só! Como só foi sempre a sua vida, vazia! Preenchida de quando em quando com uma pequena alegria, talvez o sorriso de alguém, ou a partilha de uma cerveja.Revejo-o agora, ao balcão do café da aldeia, com ar de menino, cigarro ao canto da boca, pedia: - dá-me uma SuperBock. Não é preciso copo.
A minha HOMENAGEM ao Alfredo! Ao Carlos, o filho da Benvinda, também! As minhas HOMENAGENS a todos os filhos da penumbra. Afinal o Sol quando nasce não é para todos...