terça-feira, abril 11, 2006

Nota Inicial com Vida

Viva!
Pois!...Mais um blog lançado na blogofera. Não pretendo que seja mais um, mas um local de discussão de temas tão díspares como: politica, religião, poesia, músicas, desportos motorizados, paisagens, fotografia, leis, informática e tudo aquilo que a liberdade de cada um queira abraçar, porque o que se pretende, no fundo, é que se discuta a VIDA.
Da nossa e na dos outros, enquanto comunidade, seres sociais dependentes de cada um e de todos, vivemos num planeta que se definha a cada momento que passa, culpados? NÓS! e os outros..aqueles que governam o mundo, por exemplo, já ouviram falar de um tal Bush?!, bom rapaz esse... lá pensou, pensou (?) e decidiu libertar um País lá no oriente de um terrível ditador, pois é... já conhecem a história: ditador foi deposto, e tanta liberdade e fartura para aquele povo!!! Uma ova! Guerra Civil, meus senhores... sangue de irmãos todos os dias derramados nas cidades do Iraque, inocentes mortos em cada dia que passa. E nós? Nós cá estamos, devagarinho, no nosso cantinho, bebemos uns copos ( o que já é bom), vemos TV, e os gajos, os poderosos decidem por nós! Pois, então os gajos não são os poderosos?! Os donos do mundo?! Eles devem saber como é que se faz... Globalização é coisa feia? Quem disse? Os senhores dizem que não? Ké fixe... Há muita malta nova desempregada?! O quê? Alguns tem cursos superiores e tudo? É pá que chatice... mas não se preocupem que os tipos da gravata de seda italiana resolvem o problemazito... Estão a fechar fábricas? A gasolina está cara? O ordenado não te chega até ao fim do mês? É pá, nã te preocupes, Eles sabem, os ajos pensam muito, princialmente na tua vidinha parva de todos os dias, estão a trabalhar (?) numa formula mágica: nunca mais envelheces e a vida vai ser bué porreira para ti, para nós, para todo o people (de quando em quando temos que escrever uma palavra destas em virtude do choque tecnológico).
Pois é... mas do Alfredo ninguém quis saber, pois não?! Morreu! Morreu de vergonha deste mundo em que vivemos, só! Como só foi sempre a sua vida, vazia! Preenchida de quando em quando com uma pequena alegria, talvez o sorriso de alguém, ou a partilha de uma cerveja.Revejo-o agora, ao balcão do café da aldeia, com ar de menino, cigarro ao canto da boca, pedia: - dá-me uma SuperBock. Não é preciso copo.
A minha HOMENAGEM ao Alfredo! Ao Carlos, o filho da Benvinda, também! As minhas HOMENAGENS a todos os filhos da penumbra. Afinal o Sol quando nasce não é para todos...

1 comentário:

luís antero disse...

caro manuel neves (ou devo tratar-te por outro nome?), sou forçado a concordar contigo. realmente, nunca ninguém se preocupa com os filhos da penumbra. já pensaste no que sentiu o carlos segundos antes de morrer, ali deitado numa das ruas estreitas da cidade do mondego, com a cabeça feita em sangue? o alfredo, esse, morreu sozinho concerteza, na esperança de um dia poder voltar e tudo ser melhor. para ele, para nós, para todos. abraço fraterno.