O vento sopra devagarinho
Como quem o tempo mata
Uma carta, um carinho
Neste tempo que passa
Um casal a namorar
No meio da escuridão
Um pássaro a cantar
Ao ritmo do coração
Um velho a assobiar
Uma mulher a dançar
Há sempre um mar revolto
Que trás mágoas para terra
O rio correndo solto
Preparando-se para a guerra
Sinto-me triste, desanimado
Semeio uma palavra aqui
Outra ali, acolá
Silêncio, sou Silêncio
Neste abraço forte
Sinto o coração do Mundo
E o Mundo, o Mundo
Não me sente!
Silêncio, sou Silêncio
E vento.
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