
25 de Abril de 1974 já parece distante e despropositado para alguns, a verdade, verdadinha, é que está mais actual do que nunca. Todos temos a obrigação de comemorar o 25 de Abril, pois, estamos em dívida para quem sofreu na pele e na alma as agruras de um regime opressor, violento e diminuidor da condição humana, comandado por um tal António Oliveira que alguns agora querem reabilitar.
A revolução dos cravos não se esgota na data, existiu um caminho para chegar a Abril de 74, um caminho de sangue, mortes nas prisões, torturas, liberdades perdidas; mas também de cantigas, de gente que resistiu com o corpo e com a voz agarrada a uma viola de cordas soltas.
Soltar Grândola Vila Morena é soltar um grito de liberdade, recordar Zeca é uma esperança para o futuro. E o futuro está ameaçado, o futuro precisa de Abril. Não um novo Abril, basta cumprir este que anunciamos, para formarmos uma sociedade mais justa, mais solidária, mais capaz, mais livre, mais equitativa – mais democrata. Cabe-nos a nós cidadãos deste tempo, independentemente da idade de cada um, fazer cumprir Abril. Abril é um tempo de mudança, é o desabrochar de uma nova etapa, dos campos a florir, do enflorescer das ideias, da primavera de cada um e de todos, porque só cada um e todos poderemos lavrar os nossos sonhos nos campos de Abril. Campos prósperos de liberdade e prosperidade, mas não basta lançar as sementes, essas já bravos homens e mulheres as lançaram em 25 de Abril de 1974, há que cuidar da terra, alimentá-la, mondá-la, exterminar as ervas daninhas (e como elas se multiplicam…), para que os frutos sejam muitos e saudáveis. Bem verdade é que, a terra onde lançaram as sementes não tem sido muito muito cuidada, assim o futuro não sorrirá, novas sementes terão que germinar.
NÓS vamos conseguir! Não vamos MATAR ABRIL!
VIVA ABRIL! VIVA A LIBERDADE CONQUISTADA! VIVA PORTUGAL!