segunda-feira, março 21, 2011

Silêncio das Palavras

Não te encontro
No silêncio das tuas palavras
Desconheço o brilho do Sol
Ou o voar livre dos pássaros
Não te julgo indulgente
Nem o passar de tanta gente
O teu silêncio, povoa-me de incertezas
Atiro palavras ao vento
O vento nada me diz
Nem um leve sussurro
Apenas brisa à beira-mar
Partiste para além de ti
Fiquei orfão de palavras
Não sinto o belo som da poesia
Insensível à multidão que rodeia
O tempo em som de maresia
O discurso que se pavoneia
Em parlamentos e salões
E eu, em silêncio
Sem palavras ou palavrões

Neves Braga