sábado, junho 30, 2007

SILÊNCIO, eles andam aí!








Ando com uma vontade louca de criticar o Sr. Primeiro Ministro e as suas politicas para o País, mas
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........................................................................................................................ SILÊNCIO, eles andam aí!



Apetecia-me imenso fazer uma piada sobre os Sr Ministro da Saude e a sua politica para a área, mas ................................................................................................................................................................
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........................................................................................................................ SILÊNCIO, eles andam aí!


Engraçado, engraçado era mandar umas piadas ao Sr. Ministro do Ensino Superior e ás suas ideias sobre o Ensino Superior, mas .....................................................................................................................
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........................................................................................................................ SILÊNCIO, eles andam aí!


Gostaria de dizer umas quantas verdades à Sra. Ministra da Educação acerca de alguns processos a docentes menos claros, mas .................................................................................................
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......................................................................................................................... SILÊNCIO, eles andam aí!


OTA, TGV, um tal deserto na zona sul, o Sr. Ministro das Obras Públicas (o tal que faz piadas sobre o cidadão Sr. José Socrates - Engº.), também para ele tinha uma quantidade de criticas interessantes, mas ......................................................................................................................................
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........................................................................................................................ SILÊNCIO, eles andam aí!


Quem bate todos os recordes do absurdo é o Sr. Ministro da Economia, mas ...................................
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......................................................................................................................... SILÊNCIO, eles andam aí!



Voltarei a este assunto com outro tipo de abordagem. Pois estou farto, saturado, revoltado, com o que se passa no meu País aqui e agora! Sou Socialista! Ex-militante e dirigente local. Votei (digo-o com humildade) no Partido Socialista, só que não foi neste .... PARTIDO SOCIALISTA!

Voltarei, mas, para já ................................................................................... SILÊNCIO, eles andam aí!

domingo, junho 10, 2007

Entre Amigos - Era uma Vez um 10 de Junho


Como tem acontecido nos últimos anos, ontem dia 09 de Junho desloquei-me a Constância - Vila Poema, para visitar as XII Pomonas Camonianas. Como já referi num post publicado em 09Jun06, nas Pomonas Camonianas recria-se um mercado quinhentista, onde se integra uma exposição-venda dos frutos e flores referidos por Camões na sua obra. Como se pode ler no sítio da Câmara Municipal de Constância: "Homenagear Camões, o maior poeta português de todos os tempos, a sua ligação à vila de Constância, bem como assinalar o Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas, são os principais objectivos das Pomonas Camonianas, um evento que nos transporta numa longa viagem até aos tempos do épico."
As Pomonas vem da simbologia greco-romana, em que Pomona era a Deusa dos Frutos e do Pomares, frequentemente evocada por Camões na sua obra.
Mas o programa não fica só pelo mercado Quinhentista, pois outras iniciativas como teatro, música clássica, festival hípico, prova de orientação nocturna, feira de velharias, música e poesia no jardim, exposições várias e os Encontros de Cantar Diferente. Uma ideia original de Pedro Barroso, onde ali no Anfiteatro dos Rios, é montada uma sala de estar,
em que ele próprio, Pedro Barroso, músico, cantor, poeta, escritor, pintor, professor e essencialmente um Homem Bom, faz de anfitrião e convida dois amigos, que pelo meio de músicas e conversas, transformam aquela noite, numa noite mágica, de emoções, de comoções, mas também de espírito critico. Por aquela Sala de Estar, majestosamente instalada no local onde o Tejo e o Zêzere se casam, já passaram: Manuel Freire, José Mário Branco, José Fanha, João Afonso, Vitor Silva, Carlos Mendes, Francisco Fanhais, Fernando Tordo, Samuel, o Maestro Vitorino d’ Almeida, Janita Salomé, Carlos Alberto Moniz, Zeca Medeiros, José Cid e Afonso Dias e na noite de ontem (dia 9) para hoje (dia10): Francisco Naia, Paulo de Carvalho e, claro, o anfitrião de sempre - Pedro Barroso.
Entre amigos, conversa-se coisas sérias, contam-se histórias divertidas, canta-se, canta-se muito, os protagonistas e nós no lado de lá da verdade.
O Tejo e o Zêzere, silenciam as suas águas. Ouvi o Tejo sussurrar ao Zêzere: - Silencia as tuas águas. Vai-se cantar em Português, os poetas portugueses, música portuguesa...
Timidamente disse-lhe o Zêzere: - Nem ao menos assobiar de baixinho?!
O Tejo sorriu como que concordando e com ternura deu um abraço ao Zêzere.
E no meio da conversa, perguntou-se e eu também pergunto: a música Portuguesa não tem qualidade quanto baste para passar na Rádio e na Televisão Portuguesa?! Portuguesa! Não falo na Rádio Espanhola, porque esses os espanhóis, sabem preservar o que lhes pertence. Não, não estou para aqui a dizer mal, só por dizer, são factos! E neste campo temos muito a aprender com "nuestros hermanos".
Francisco Naia, alentejano de Aljustrel, professor de Alemão/Inglês, cantou e encantou com a sua voz cristalina e sotaque alentejano, com canções de outros tempos e do último álbum agora editado.
Paulo de Carvalho, "the voice" portuguesa, continua igual si próprio. Um Senhor!
Pedro Barroso, bom! Sou suspeito! Não tenho capacidade de imparcialidade ao falar em Pedro Barroso. Tivemos direito a uma estreia Mundial, uma cantiga lavrada dois dias antes, ainda alinhavada portanto, que Pedro Barroso ali quis partilhar entre amigos. Depois, depois uma comovida e singela homenagem aos Homens e Mulheres, que com a sua voz, a sua música e as palavras dos poetas ajudaram a derrubar alguns dos tijolos do muro opressivo que atravessava o País em Abril de 1974. Zeca Afonso, Adriano Correia de Oliveira (a escola de Coimbra), António Macedo, Samuel, Xico Fanhais, Carlos Paredes, Natália Correia, Manuel Alegre, Manuel Freire, António Gedeão e tantos outros que a minha memória já não reproduz.
Os "
Encontros de Cantar Diferente" deste ano, acabaram já o dia 10 de Junho tinha acordado. Pensei: não houve medalhas nem medalhados, nem carros do exército, nem aviões de combate, apenas música, conversa e poesia. Quando regressei ao meu cantinho de Alcabideque, trespassou-me uma grande leveza na alma, como que embandeirado por uma bebedeira de Portugalidade. Num espectáculo tão singelo, numa bonita e pequena Vila - a Vila de Constância - senti que o Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades se tinha cumprido na sua plenitude e importância.



domingo, junho 03, 2007

"Novos Ricos", versão Lusitana


Quando se diz que o País está empobrecido, a crise económica aguça o desemprego, a fome espreita aqui e ali, o mal estar social generaliza-se, emerge com cada vez maior relevância uma classe: a dos “Novos Ricos”.

Para que não haja dúvidas não tenho nada contra os ricos (tomara que todos, mas todos sem excepção, fossemos ricos), mas os “Novos Ricos”, são, assim como que especiais…

Há maneiras várias de as pessoas enriquecerem, à laia de exemplo:

Ø Herança. Herdar um imenso património ou contas chorudas em bancos nacionais e estrangeiros, normalmente deixados pelos pais, mas também pelas tias solteironas, padrinhos sem família ou amigos desamparados;

Ø Sorte ao jogo (licito ou ilícito) ou da aposta certeira nas acções daquelas empresas no tempo e hora certa, no outro jogo, o jogo da Bolsa;

Ø Negócios emergentes ou não emergentes, que poderão passar ela especulação imobiliária, construção civil, importação e vendas produtos made in China (Índia, Paquistão, Tawain , etc.);

Ø Mais contrabando, narcotráfico, contrafacção, tráfico e exploração sexual de mulheres e crianças, armas, diamantes, jogadores de futebol.

Propositadamente escamoteei uma outra forma de alcançar a riqueza, a que se traduz através do trabalho, sério, honesto. É um valor cada vez mais desprezado por esta sociedade globalmente global. Se trabalhando seriamente alguém enriquece, uma excepção e um case study se torna, pois trata-se de um forma frustrada de alcançar a riqueza.

O “Novo Rico” que falo, destaca-se dos comum dos cidadãos, não se misturando com o Alberto da mercearia, ou com o Zé do talho, ou o Manel que trabalha na arte de pedreiro, ou… comigo! Não! Destaca-se. Pertence a várias Associações e Clubes, talvez a um Partido Liberal, caça em reservas espanholas e amiúde desloca-se ao Quénia para caça mais grossa; claro, joga Golfe e tem uns quantos carros antigos; uma mulher oficial e umas quantas amantes, adoram lagosta e caviar (digo, eu…).

“Novo Rico”, adopta um sotaque snob, mastigando lentamente as letras das palavras de modo diferenciado de todas as outras pessoas; num cumprimento, estendem a mão não exercendo qualquer pressão na mão do cumprimentado.

Normalmente como cartão de visita apresentam um carro à sua imagem e semelhança, com performances iguais à carteira (ou pseudo-carteira). O que importa é o dever de poder parecer que se está bem na vida, acima de tudo e de todos.

Ás vezes a crise também lhes bate à porta, e a prestação do carro aperta o coraçãozinho do “artista”, pede-se dinheiro emprestado aos familiares mais próximos, este mês não se come em restaurantes de luxo (nem fast food), mas estejam descansados caros leitores, estes “Novos Ricos” nunca assumem estas crises, nunca dizem a verdade. Isso seria o descrédito total. Há que fazer um esforço para se manterem na crista da onda, presença nas festas sociais, montra de fatos e vestidos de encantar, férias na neve, Ibisa e Allgarve (já a versão moderna, que aqui não se brinca).

São os “Novos Ricos” da minha amada Pátria em “que parecer é bem mais que ser”.

Post inspirado no texto: "De bimbus riquissimus modus", in "A história maravilhosa do País bimbo" de Pedro Barroso.